Marido de funcionária pública que relatou estupro e agressão na web é preso suspeito dos crimes no Acre
MP-AC pediu a prisão do marido da vítima e do caseiro da propriedade onde o casal vivia. Crimes foram denunciados no último dia 28 na web pela vítima, que a...
MP-AC pediu a prisão do marido da vítima e do caseiro da propriedade onde o casal vivia. Crimes foram denunciados no último dia 28 na web pela vítima, que apontou um adolescente de 13 anos como principal suspeito. Caso é investigado pela Polícia Civil e o MP-AC de Feijó Asscom/PCAC O marido da funcionária pública, de 45 anos, que relatou na internet ter sido abusada sexualmente e agredida foi preso temporariamente no último sábado (9) suspeito dos crimes. Além dele, o caseiro da propriedade do casal também foi preso, contudo, ambos foram soltos nesta segunda-feira (11). 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp O g1 apurou com a Polícia Civil de Feijó, interior do Acre, onde o crime ocorreu, que a prisão do marido da vítima e do caseiro foi pedida pelo Ministério Público Estadual (MP-AC), que iniciou uma apuração na promotoria da cidade. "Cumprimos mandados de prisão contra o marido e o caseiro. Foram interrogados, ouvimos outras testemunhas do caso. O marido negou o crime. Não posso passar mais detalhes do caso, que está em segredo de Justiça", resumiu o delegado Marcílio Laurentino. Ao todo, foram ouvidas seis testemunhas, além dos suspeitos e da vítima. O casal estava junto há mais de um ano. O g1 também apurou que a suspeita sobre o marido começou quando ele e o caseiro entraram em contradição nos depoimentos. "Foi uma investigação do Ministério Público e o promotor Lucas pediu a prisão deles. Tem um procedimento investigatório do MP, eles foram presos, interrogados, o juiz reavaliou a prisão e liberou. No momento, vão responder em liberdade porque foi uma prisão para a investigação", confirmou o delegado. Laurentino disse que segue apurando o relato da vítima sobre o adolescente. Caso seja comprovado que ele não teve participação no crime, a mulher pode responder por denunciação caluniosa, conforme a Polícia Civil. O g1 tentou contato com a vítima e com o marido dela, contudo, não obteve resposta. A identificação da vítima será resguardada. Relembre o caso No último dia 28, a funcionária pública relatou ter sido estuprada e agredida por um adolescente de 13 anos no município de Feijó, no interior do Acre. Por meio de uma rede social, ela contou o caso e cobrou uma resposta das autoridades. Por meio da postagem, a mulher contou que estava em uma colônia de propriedade dela e do marido, na zona rural do município, no dia 31 de agosto. Ele precisou ir à cidade para comprar mantimentos e ela ficou em casa dormindo, pois havia tomado remédios. Nesse dia, por volta de 14h30, segundo ela, o adolescente invadiu o quarto, subiu nela, que tentou se defender, a agrediu com um soco e ela desmaiou. A vítima contou também que foi acordada pelo marido, após a encontrar desacordada, com o olho ferido e com um controle de TV introduzido em seu órgão genital. Mulher vítima de violência pede socorro ao 190 com pedido de pizza Ainda na publicação, a funcionária pública ressaltou que jamais imaginou que seria vítima de violência em um local onde costumava se sentir segura e amada. “Acordei por um monstro em cima de mim, tirando minha roupa me espancando, tentei de todas as maneiras me defender, mas com um soco no olho não vi mais nada, Meu marido me encontrou desmaiada, despida e com controle de TV dentro de mim”, relatou. Dois dias depois, o caso foi denunciado à delegacia de Polícia Civil do município, e a Polícia Militar procurou pelo adolescente apontado como suspeito do crime. “Fizemos todos os procedimentos necessários, boletim de ocorrência, corpo de delito e encontraram I0 hematomas no meu corpo. Estou fazendo acompanhamento psicológico, mas mesmo assim tem sido dias escuros. Passei mais de um mês sem sair de casa devido às manchas roxas e com medo. Estou usando medicação forte e mesmo assim sempre tenho pesadelos com esse monstro”, acrescentou. A produção da Rede Amazônica Acre entrou em contato com a vítima, na época, e ela afirmou que o objetivo da postagem era para que esse tipo de situação seja discutida e que o caso não seja esquecido. “Estou tentando ser forte pelos meus filhos”, disse. O Ligue 180 - que atende denúncias de violência contra a mulher - passou por reestruturação A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para denunciar casos de violência contra a mulher: (68) 99609-3901 (68) 99611-3224 (68) 99610-4372 (68) 99614-2935 Veja outras formas de denunciar: Polícia Militar - 190: quando a criança está correndo risco imediato; Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes; Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres; Qualquer delegacia de polícia; Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa; Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia; WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008; Ministério Público; Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras) VÍDEOS: g1